terça-feira, 25 de novembro de 2008

Até onde as novas mídias alcançarão?


O Youtube nasceu há apenas 3 anos e meio e, nesse curto período virou uma fonte de inovação na publicidade e no marketing. Comprado pelo Google em 2006 por 1,65 bilhão de dólares, o Youtube recebe 300 milhões de visitas por mês e, por ano, o site exibe 4,2 bilhões de vídeos. Os números de audiência são grandiosos, mas os resultados nem tanto. O portal deve faturar em 2008, algo em torno de 200 e 250 milhões de dólares, uma pequena fração dos cerca de mais de 15 milhões de dólares que o Google deve faturar.


Mas a fase dos vídeos online, marcada por grandes volumes e pouco dinheiro, está ficando para trás. Depois de assistir a dolorosa transição das gravadoras para o mundo digital, estúdios de cinema e emissoras de televisão testam fórmulas para colocar seus conteúdos na rede de forma segura e rentável.


O site americano Hulu é um dos melhores exemplos de que chegou a vez do conteúdo "profissional" na internet. O portal ainda é limitado aos EUA e reúne trechos de episódios de seriados famosos por lá; o usuário acessa de graça mais de 900 vídeos e, em alguns casos, logo no dia seguinte da exibição do programa na TV.


Os anúncios que passam no portal não irritam o receptor em virtude da política de colocar até um quarto do volume de publicidade tradicional da TV no site.


É visível que os limites entre TV e internet estão cada vez mais estreitos e isso inclui também a qualidade das imagens. Novas tecnologias têm contribuído para essa experiência. O Hulu tem uma galeria com conteúdo em alta definição que permite que o usuário conecte o PC ao televisor e assista aos programas acomodados no sofá.


Busquei por esses dados em revistas e na internet após ouvir falar do Hulu. É impressionante como o espectador (receptor) tem cada vez mais poder, não só de participar e ser emissor, como em sites colaborativos, exemplo, o Youtube, mas também tem o poder de mudar a história, o trajeto das novas e velhas mídias.


Na minha opinião as novas mídias são as que cada vez mais atendem as necessidades e desejos desse novo consumidor/receptor e a tendência é que isso se intensifique cada vez mais, como nos exemplos citados acima, da TV digital, quando o receptor pode assistir aquilo que ele quer, no horário em que ele quer.


Inserida nessa rotina corrida, onde tanta coisa é vista, mas pouca coisa é enxergada, a nova mídia encontrará cada vez mais espaço para crescer e, na minha opinião, mudará a relação dos usuários com a internet e também com a experiência da TV.

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